Você também finge que não vê
Estamos nos tornando insensíveis diante dos problemas dos outros?
Parece filme, mas aconteceu na vida real. Acompanhe as cenas: em um zoológico, um menino de 11 anos ultrapassa a área de segurança para brincar com um tigre. Apenas uma jaula separa o animal da criança, que consegue até colocar as mãos entre as grades. Apesar do risco que o menino corre, algumas pessoas decidem filmar a “brincadeira” perigosa. Minutos depois, o tigre ataca o garoto.
O
caso aconteceu em Cascavel, no Paraná. O garoto teve o braço direito
amputado. Todas as pessoas que viram o menino provocando o tigre sabiam
que uma tragédia poderia ocorrer. Diante dessa certeza, por que nenhum
adulto foi capaz de retirar o menino do local antes que ele fosse
atacado? Por que ninguém se apressou para chamar os seguranças do
parque?
O
menino estava acompanhado pelo pai e pelo irmão de 3 anos. Testemunhas
do caso afirmaram que houve tentativas de avisar o pai da criança sobre o
perigo, mas ele não fez nada.
De quem é a culpa?

A Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente e o pai da criança deve responder por lesão corporal grave. Outras pessoas também poderão ser responsabilizadas, inclusive quem assistiu a tudo. Mais do que apontar culpados ou inocentes, o caso levanta outro questionamento: o que leva um ser humano a assistir a cenas tão perigosas sem tomar nenhuma atitude?
“Ocorre
que muitas pessoas pensam assim diante de várias situações, acham que
não devem se meter quando há um ‘responsável’ pela situação naquele
momento, só que esse tipo de comportamento gera consequências”, afirma a
psicóloga Simone Domingues, coordenadora do curso de psicologia da
Universidade Cruzeiro do Sul.
O
psicólogo Fábio Roesler tem uma explicação mais incisiva. “A
passividade atual da maioria das pessoas, mesmo diante de situações
chocantes, ocorre por uma padronização do individualismo radical e
extremista no qual o outro é visto como alguém a ser usado ou deixado de
lado, dependendo da capacidade que esse outro tem de satisfazer as
nossas necessidades pessoais”, diz.
Problema dos outros

Todos os dias presenciamos uma série de acontecimentos que envolvem desconhecidos, em espaços públicos e privados: somos abordados na rua por pessoas em busca de informação, vemos acidentes de trânsito, encontramos idosos à procura de um assento no ônibus, presenciamos pessoas chorando e outras atrapalhadas com sacolas de compras. O que costumamos fazer diante dessas cenas? Paramos para ajudar, fingimos não ver o problema, fazemos um vídeo ou esperamos que outra pessoa tome a iniciativa?
Quem
nunca ignorou um problema alheio que atire a primeira pedra. Há outras
situações que mostram a nossa falta de atitude, tais como ver um carro
quebrado na estrada e não ligar para o resgate ou presenciar uma briga e
não telefonar para a polícia.
As psicólogas Márcia Orsi e Cristiane Lorga explicam que a competitividade e o individualismo presentes na sociedade diminuem a empatia que sentimos por desconhecidos. Ou seja, temos dificuldade para nos colocar no lugar do outro.
As
duas especialistas acreditam que o mundo virtual também ajuda a
aumentar a insensibilidade das pessoas. “O encontro e os relacionamentos
apenas por meio de redes sociais aumentam a distância entre as pessoas,
o que cria uma solidão emocional. Vídeos, filmes e jogos violentos
banalizam a dor, a raiva, a morte e a violência”, argumenta Márcia. “A
banalização é o pior problema, pois torna o sofrimento algo comum e cria
a insensibilidade”, resume Cristiane.
Descompromisso social
As
transformações da vida contemporânea também justificam, pelo menos em
parte, o distanciamento entre os seres humanos. Com tantas obrigações
diárias, as pessoas estão cada vez mais focadas em resolver apenas os
próprios problemas. Logo, acaba faltando tempo – e disposição – para
pensar nos outros.
“A
maioria das pessoas pensa que cada um tem que cuidar da sua vida e não
deve se meter na vida dos outros. Essa forma de entender o mundo implica
na falta de compromisso com o outro, gerando um grande descompromisso
social”, diz a psicóloga Simone Domingues.
A
omissão e a falta de atitude não se restringem apenas a desconhecidos.
Amigos e familiares, por exemplo, costumam se afastar de pessoas que
enfrentam situações difíceis, como uma depressão, em vez de ajudá-las.
“A depressão não tratada pode levar a uma piora tal que o portador,
tomado de uma tristeza imensa e sem esperança, busque o suicídio como
forma de uma resolução total de seu sofrer”, adverte Fábio Roesler.
O
humorista Fausto Fanti, que sofria de depressão, foi encontrado morto
em seu apartamento, em julho. O irmão dele, Franco, publicou um texto no
Facebook destacando a importância de dar apoio a quem passa por uma
depressão. Franco disse, em um dos trechos da mensagem: “Não deixe pra
amanhã a aproximação de quem está distante de você [...] Não tenha
vergonha de dizer que ama seus entes queridos”.
“Entender
a depressão como doença e não como um comportamento inadequado,
frescura ou falta do que fazer é a primeira forma de apoio. A pessoa que
está com depressão está doente e precisa de apoio”, alerta Simone.
Mobilização

Um caso recente ocorrido na Austrália é um bom exemplo de como as pessoas são capazes de se mobilizar em prol de um desconhecido. No início de agosto, um homem estava embarcando no trem quando escorregou e prendeu uma perna no vão entre o trem e a plataforma. Cerca de 50 passageiros empurraram o vagão até que o homem soltasse a perna.
Esse
tipo de mobilização costuma ser vista durante tragédias como enchentes e
terremotos. Atitudes solidárias são sempre positivas para amenizar ou
solucionar dificuldades. O desafio, entretanto, está em praticar o bem
no dia a dia e não apenas em situações excepcionais. “Ajudar, ser
solidário e pensar no outro como se fôssemos nós mesmos deveria ser uma
constante em nossas vidas. Para isso, devemos aprender desde pequenos a
nos colocarmos no lugar do outro e ensinar isso às crianças”, sugere
Simone.
Nem
todas as pessoas têm tempo para se envolver em trabalho voluntário ou
ajudar desconhecidos. Mas o fato é que atitudes simples, como uma
palavra reconfortante, uma ajuda para segurar a porta do elevador ou uma
ligação para o serviço de emergência, podem transformar o dia de uma
pessoa e até evitar uma tragédia. Esse é o verdadeiro valor de fazer
parte da sociedade. Quem consegue se colocar no lugar do outro é, de
algum modo, protagonista da própria vida e não apenas um espectador
passivo dos acontecimentos.
“Eu me coloquei no lugar dele”

Uma tarde de sábado de 2012 marcou para sempre a vida do pastor Wilson dos Santos e da esposa dele, Sandra. O casal seguia de carro pela Marginal Tietê, uma das vias mais importantes da cidade de São Paulo, quando se deparou com um acidente de trânsito. Um motociclista de cerca de 19 anos havia perdido o controle do veículo após uma curva. “Parei o carro e comecei a sinalizar a pista. Liguei para o serviço de emergência, enquanto minha esposa ficou perto do rapaz. Ele estava muito ferido. Ficamos o tempo inteiro com ele, oramos por ele”, lembra Wilson.
O
motociclista recebeu atendimento médico no local do acidente, mas não
resistiu aos ferimentos. “Depois que a morte foi confirmada, entramos em
contato com os familiares dele. Ajudamos a reconfortá-los e fomos ao
velório”, diz o pastor, acrescentando que os pais do rapaz ficaram
agradecidos pela atenção que o filho recebeu.
O
pastor explica a decisão de parar o carro no meio da Marginal Tietê
para ajudar um desconhecido: “a gente imagina alguém da nossa família em
situação parecida. Eu poderia ter sido o acidentando. Eu me coloquei no
lugar dele. A situação mexeu muito comigo e com minha esposa”, diz.
“Nós temos esse amor, esse desejo de ajudar as pessoas. Isso é amar a
Deus e ao próximo como a si mesmo”, conclui.
3 dicas para se tornar solidário
Coloque-se
no lugar do outro: antes de ignorar uma pessoa que está passando por
alguma dificuldade, tente se imaginar no lugar dela. Você gostaria de
receber apoio de outras pessoas?
Ofereça
ajuda: pergunte ao outro se precisa de auxílio e tente encontrar a
melhor forma de ajudar, seja com palavras, seja com ações
Os voluntários da UNIVERSAL, que desenvolve um importante trabalho
de fé racional dentro das unidades da Fundação CASA de São Paulo.
Realizaram neste ultimo domingo na unidade da Fundação Casa ouve um grande evento para adolescentes e suas famílias.
Os voluntários do grupo chegam á unidade com equipamentos de
Som, teclado, bolos, refrigerantes, sorvetes, livros e bíblias.
Tudo é feito com muito carinho e dedicação para atender aos
Adolescentes e suas famílias.
A
primeira cantora do começo da UNIVERSAL Cristina Miranda inicia o
evento com suas canções de louvores para adorar o Senhor Jesus.
O
momento muito importante a realização da palestra esclarecedora sobre
drogas ministrada pelo Robson ex-usuário, Amauri ex-usuário e
traficante. Ambos vivenciaram
Durante 10 anos de suas vidas este mundo das drogas e criminalidade
Colocando inclusive a vida se sua família em risco pode perceber
Que o preço é muito alto, pois são muitas vidas em jogo.
Mas o mal faz com que tudo pareça normal, por pior que seja a situação vivida.
As famílias e adolescentes estiveram muito ativos e participantes durante
Toda realização da palestra.
Na oportunidade esteve presente o Pastor Geraldo
Vilhena coordenador do projeto Universal na Fundação Casa
Em todo estado de São Paulo. Passou uma palavra muito importante
Sobre a ação dos espíritos do mal que agem na vida dos adolescentes.
Fazendo com que cometam os delitos e acabam envolvendo-se com
O mundo obscuro das drogas. Mas que através do importante trabalho
Logo após o Pastor Geraldo ministra uma oração de libertação,
Bíblias e livros a ultima pedra referência ao mundo errado das drogas.
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